segunda-feira, 1 de junho de 2009

Luz no fim do túnel.

Eu assisti a um programa onde perguntavam ao músico Herbert Vianna como foi a adaptação dele a nova condição de cadeirante.
Pra quem não sabe, ele ficou paralítico depois de um acidente com o ultraleve que ele pilotava.
E nesse mesmo acidente ele perdeu a esposa, mãe de seus três filhos.
Ele, escolhendo bem as palavras, respondeu que após o acidente que, além de mudar a situação motora dele pra sempre ainda levou definitivamente o grande amor de sua vida, só a força que os filhos dão é capaz de fazê-lo ver uma luz no fim do túnel. Pra completar ele disse que a escuridão que ele percorre até chegar nessa luz ainda é muito grande.
Caraaa, puts!
Ouvir um cara, que tnha uma família constituída, feliz, com uma mega carreira, sucesso, fama e tudo, falar sobre essa perda como se fosse a única coisa que realmente importava na vida, é de parar pra pensar!
Do que adianta ter tudo agora, se ela não está mais com ele?
Ele disse bem claro que os filhos são a coisa mais importante da vida dele agora, mas fica óbvio que o pilar de sustentação mais firme se perdeu.
Quando penso em uma situação assim, é quase certo de achar que a vida acabou.
Mas ele tá aí, trabalhando e criando os filhos.
Aí um estalo veio na minha cabeça: será que eu, que só perdi alguém porque essa pessoa não quer mais ficar comigo, tenho direito de sofrer assim?
Quando a morte chega não há mais o que fazer... sofrer a perda é inevitável.
Mas porque eu, Gabrielle, estou sofrendo?
Me pareceu tão sem propósito chorar e me sentir mal porque Ele não quer mais ficar comigo.
Ai, me senti uma idiota. E não gostei nada de me sentir assim!
Se ele não quer estar comigo, eu também não quero mais estar com ele.
Se 2 pessoas se amam de verdade, nada impede de ficarem juntas, só a morte.

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